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Ouvidoria da UFBA apoia projetos de assistência a estudantes, docentes e técnicos

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Você conhece a ouvidora da UFBA? A ouvidoria é o órgão que busca ser um canal de participação social de estudantes, professores e funcionários através de assistência psicológica, mediação e ações preventivas. O mais novo projeto da ouvidoria é a Comissão de Ética da UFBA, que culmina no I Seminário de Ética Pública.

Com o tema "Atuação das comissões de ética junto às autarquias federais", o seminário, adiado e ainda sem data definida neste mês de junho, será um debate sobre os códigos de éticas de instituições federais, incluindo as universidades. O debate será liderado por Luiz Navarro, presidente do comitê de ética da presidência da República, com participação dos professores Carlos Rátis, presidente do comitê de ética da UFBA e Denise Vieira, ouvidora geral da universidade.

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Efetivamente implementada na atual gestão da UFBA, a ouvidoria é liderada pela professora Denise Vieira, convidada pela reitoria pela sua reconhecida experiência em gestão e em atividades de consultoria de organizações. "Trabalhei por 15 anos como gerente de recursos humanos na Braskem, com uma série de experiências de transformação social. Depois, por 20 anos, fui diretora do Núcleo de Psicologia Social da Bahia, dando consultoria e formando agentes de mudança em grandes organizações de setores variados. Muitas coisas que aprendi e fiz nesses 35 anos, replico na ouvidoria da UFBA", explica a professora.

"O órgão é muito dinâmico e nós atendemos uma quantidade significativa de estudantes. Além de mim, temos mais duas assistentes, uma psicóloga e 5 bolsistas, todos seguindo os valores da ouvidoria de escuta sensível, acolhimento, agilidade no encaminhamento e atuação preventiva", explica Denise.

Os casos mais recorrentes são conflitos entre professores e alunos. A equipe ouve o estudante ou o professor, faz um exame de razoabilidade considerando precedentes do assistido, entram em contato com a coordenação ou outro órgão, de acordo com a gravidade da situação.

A ouvidoria não só presta assistência e mediação, mas também tem projetos de extensão com outros órgãos da universidade. "Temos um projeto chamado 'Agentes sociais de mudança', que foi criado para contribuir para a formação de estudantes protagonistas, que possam ajudar a universidade, se conhecer mais e ajudar a si mesmo." O projeto debate temas da atualidade como relações interpessoais, práticas racistas, violência contra mulheres, sofrimento psíquico, convivência emocional e o próprio processo de transformação pessoal do estudante.

O curso, que faz parte desse projeto, já foi realizado com três turmas, é anual, e "é um treinamento para a realidade da universidade. Ao final, os estudantes engajam-se em coletivos ou criam novos espaços de discussão dentro da UFBA. Nós queremos criar uma consciência coletiva sobre os principais problemas enfrentados na universidade, para buscarmos soluções e para que os estudantes possam participar da gestão", diz Denise.

A ouvidoria também encabeçou a discussão inicial de um protocolo de proteção à mulher, que culminou no projeto de extensão Aceita!, que pretende diagnosticar os principais problemas enfrentados pela comunidade universitária no que diz respeito à diversidade sexual e de gênero.

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É possível contribuir com o projeto relatando experiências, que vão ser estudadas para elaborar diretrizes gerais de uma política de ações para acolhimento e permanência. "A ouvidoria ajuda a criar dispositivos institucionais de proteção, com ações coletivas mais amplas e políticas que ajudam a todos, além da assistência diária oferecida", observa Denise.

O órgão também esteve envolvido na criação do Psiu!, um projeto de extensão que desenvolve ações para prevenção de doenças e agravos à saúde, inclusive mental, dentro da universidade e começou as discussões de uma campanha anti-racismo na Faculdade de Comunicação da UFBA. "No último problema que resolvemos na faculdade, ficou acordado que estabeleceríamos uma estratégia anti-racismo, devido aos recorrentes casos ali relatados. O debate está no início e ainda estamos traçando como deve ser essa campanha", comenta Denise.

"A ouvidoria faz a encubação de todos esses projetos, faz as primeiras discussões e os estimula. Nós articulamos as pessoas e fazemos o acompanhamento, enquanto outro órgão toma a frente e continua o projeto, já que não somos um órgão administrativo mas de assistência e apoio",diz a professora.

A Ouvidoria funciona presencialmente de 7h às 17h, na Biblioteca de Saúde, no Canela. É possível também entrar em contato através dos telefones 3283-7044/ 986433137/ 986682929 e do e-mail ouvidoria@ufba.br.