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UFBA e Universidade Técnica de Moçambique firmam acordo de cooperação acadêmica, científica e cultural

Reitor da UFBA assina acordo com o reitor da Universidade Técnica de Moçambique
Reitores assinam acordo que favorece intercâmbios

Nesta segunda-feira, 27, a Universidade Federal da Bahia e a Universidade Técnica de Moçambique assinaram acordo de cooperação acadêmica, científica e cultural. Através desta parceria, serão promovidas, prioritariamente, atividades para o intercâmbio de estudantes de cursos de graduação e pós-graduação, colaboração entre professores e pesquisadores em projetos de extensão e de pesquisa, promoção de eventos científicos, orientação e coorientação de dissertações de Mestrados e teses de Doutorado, participação em bancas examinadoras e permuta de material bibliográfico.

No encontro para assinatura do acordo, realizado na Reitoria da UFBA, o reitor da Universidade Técnica de Moçambique, Severino Elias Ngoenha, destacou a importância de viabilizar iniciativas para a formação complementar de professores da universidade moçambicana através de vagas em cursos de pós-graduação. Ele também falou sobre demandas específicas em relação à parte laboratorial e bibliográfica, apontando para a necessidade de financiamento de novos livros e laboratórios.

O reitor da UFBA João Carlos Salles confirmou a possibilidade de abertura de vagas nos diversos cursos de mestrado e doutorado da instituição para estudantes daquele país e solicitou ao reitor da Universidade de Moçambique o envio da relação com a definição dos cursos e áreas de interesse. Para a Assessora Adjunta para Assuntos Internacionais da UFBA, Elizabeth Santos Ramos, o acordo firmado entre instituições do hemisfério Sul é muito significativo.

“Estamos contemplando um país africano de língua portuguesa, que demonstra grande interesse em estabelecer parcerias com a nossa universidade, que também tem esse interesse. É uma construção solidária entre países que tem uma cultura comum, baseada na língua portuguesa”.

Ngoenha recorda a aproximação histórica que se deu entre os dois países, sobretudo no período da ditadura militar no Brasil e após a independência de Moçambique, quando muitos brasileiros ligados aos movimentos de esquerda foram viver no país africano, entre eles o atual vice-reitor da UFBA, Paulo César Miguez. “Muitos estudantes moçambicanos também vieram para universidades brasileiras e, nesse momento, temos muitas trocas econômicas e sociais entre os dois países.

Estou aqui para ministrar um curso sobre a filosofia africana. Nós trabalhamos muito em parceria com a UFBA. Espero que esse diálogo continue e possa crescer”, disse o reitor da Universidade de Moçambique, que durante essa semana ministrará no Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO) o minicurso sobre Panorama da Filosofia Africana, de segunda a sexta-feira, das 17 às 20:30 horas, em uma pareceria entre o Pós-Afro e o PPGFilosofia.