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Escola de Dança homenageia a professora Laís Goes Morgan

Oriki de Laís reúne diversas linguagens

Oriki de Laís é um instante poético para homenagear a artista da dança Laís Góes Morgan. Laís esteve na base do desenvolvimento da Escola de Dança da UFBA e, ainda nos anos 70, junto ao dançarino-coreógrafo Clyde Morgan, contribuiu para irrigar as terras de Salvador com a cultura da diáspora negra.O evento, de iniciativa da dançarina Nadir Nóbrega, traz apresentações artísticas e testemunhos daqueles que estiveram em sua trajetória. Com abertura às 18h30 do dia 25 de abril, no Átrio Sérgio Souto da Escola de Dança da UFBA, a exposição, que tem curadoria das professoras da Escola de Dança Nadir Nóbrega e Suki VB Guimarães, permanece até 12 de maio. O evento conta com a participação de Clyde Morgan, Carmen Paternostro, Inaicyra Falcão, Tânia Bispo, Lindete Souza, Nadir Nóbrega, Dani Guimarães, Thaís Reis e Suki VB Guimarães. 

Na Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia, ainda em 1957, Laís (então Salgado Goes) foi aluna das suas turmas iniciais, se graduou, exerceu o magistério, foi diretora do Departamento de Dança da UFBA (1970 a 1973) e diretora artística do Grupo de Dança Contemporânea – GDC/UFBA. Suas aulas e apresentações públicas estimularam várias jovens a ingressar na escola. A trajetória de Laís carrega a historicidade da Escola de Dança da UFBA na dança cênica da Bahia. Ainda em 1957, esteve no elenco de dançarinas do Conjunto Contemporâneo de Dança da coreógrafa Yanka Rudzka, criadora da Escola de Dança, no espetáculo inaugural da escola, realizado no jardim externo da Reitoria da UFBA, ainda no reitorado de Edgard Santos. No Brasil, além de Yanka, Laís Góes Morgan dançou com Rolf Gelewski, nos Grupos Juventude Dança e no Grupo de Dança Contemporânea (GDC/UFBA), nos Grupos folclóricos Olodum e Olodumaré e com Clyde Morgan. Nos Estados Unidos, para onde se mudou nos anos 80, atuou com Ama Battle e Arthur Hall, coreógrafo africano da Arthur Hall Afro-American Dance Ensemble.  

Em suas diferentes experiências, Laís direcionou seu trabalho “para o ser brasileiro, baiano e nordestino, um sujeito político-social”. No início dos anos 70, na direção artística do GDC-UFBA, foi responsável pela vinda para a Bahia do dançarino coreógrafo Clyde Morgan, com quem veio a se casar e constituir família, convidado para ministrar aulas de técnicas de dança José Limón e técnica de Dança Africana.

Ainda na Escola, Laís criou um curso preparatório de dança voltado para formação dos dançarinos-homens dos grupos folclóricos de Salvador. No GDC/UFBA, acompanhando Clyde na sua condução artística, produziu nos anos 70 tournées nacionais e internacionais do grupo. Em 1977, estiveram na Nigéria, participando 2nd Festival Nacional Of Arts, levando a um reconhecimento nacional e internacional da dança na Bahia e estreitando laços entre Brasil e África.

Realização: Escola de Dança da UFBA, através do Memorial de Dança e Assessoria Artística. Apoio: Escola de Dança da UFAL; EDUFBA; Grupos de Pesquisa CorpoLúmen-UFBA e Grupo Gira-UFBA.