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Quatro professores da UFBA são nomeados coordenadores de área da Capes

Eles serão coordenadores no período de 2018 a 2022
Quatro professores da Universidade Federal da Bahia foram nomeados na sexta, 6 de abril, coordenadores de área para o período 2018-2022 na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). São eles Edson Dalmonte, área de Comunicação e Informação, Robert Verhine, Educação, Jailson Andrade, área Interdisciplinar e Ronaldo Lopes  Oliveira, Zootecnia/Recursos Pesqueiros.
 
Os 49 coordenadores de áreas do conhecimento na Capes, são, de acordo com portaria vigente deste órgão do Ministério de Educação (a de número 141, de 14 de setembro de 2016), “consultores científicos especialistas de alto nível, preparados para colaborar com a formulação de pareceres e proposições que subsidiem a política nacional de pós-graduação stricto sensu.”
 
A portaria estabelece que cabe a esses profissionais a coordenação técnica das atividades dos consultores na recomendação, no acompanhamento e na avaliação de programas de pós-graduação stricto sensu e nas demais ações voltadas para o desenvolvimento da pós-graduação nacional, exceto no caso de linhas de ação e programas que tenham comitês especiais próprios”.
 
E o mesmo texto observa que, além de elevada competência e autonomia intelectual, são qualificações imprescindíveis para exercer as funções de coordenador de área a “dedicação especial e permanente disponibilidade para reuniões presencias na CAPES, tendo em vista os múltiplos desdobramentos de seu papel”.
 
Há, portanto, desafios consideráveis na tarefa, e o professor Ronaldo Lopes, por exemplo, pesquisador respeitado na área de zootecnia e coordenador do ensino de pós-graduação na UFBA, observa que ele é maior ainda dado o crescimento observado do sistema justamente quando o fomento não registra seu melhor momento, no que se refere à disponibilidade de recursos.
 
Ronaldo explica que o processo de escolha dos coordenadores de área começa na própria comunidade acadêmica, que encaminha cinco nomes ao Conselho Superior da Capes. O Conselho escolhe três desses cinco e cabe ao presidente da Coordenação, atualmente o professor Abílio Baeta Neves, definir o que será nomeado.
 
Jailson Andrade, professor do Instituto de Química, e até recentemente secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, observa que “a área Interdisciplinar da CAPES, criada em 1999, recebeu essa denominação em 2008, após ser reformulada.
 
“A criação desta área propiciou, e induziu, a proposição, na pós-graduação brasileira, de cursos em áreas inovadoras e interdisciplinares, acompanhando a tendência mundial de aumento de grupos de pesquisa e programas acadêmicos com foco em questões complexas. Atualmente a área Interdisciplinar envolve 345 cursos (94 mestrado profissionais, 136 mestrados acadêmicos, 14 doutorados e 101 programas com mestrado e doutorado)”, explica. É a que tem maior número de cursos, “representando 8% dos 4320 cursos nas 49 áreas avaliadas pela CAPES. É um grande desafio e uma grande honra coordenar esta área”, completa.
 
Edson Dalmonte, professor da Faculdade de Comunicação, concorda que são muitos, de fato, os desafios, “tendo em vista a instabilidade política e institucional causada por esse momento de crise”. Ele observa que se tem falado numa necessidade de reestruturação do modelo de avaliação da Capes. “Estamos esperando o momento de repensar isso, ouvindo as associações e a comunidade científica”. Dentre os desafios na área de comunicação e informação está, diz, o de avançar com os programas de pós-graduação, com atenção inclusive para os mestrados profissionais, que têm crescido.
 
Robert Verhine, professor da Faculdade de Educação, pensa que “o aspecto mais importante e mais desafiador do trabalho de coordenador da área é o estabelecimento de critérios e indicadores que captam a essência da qualidade de um programa”. Tais critérios e indicadores, ele acrescenta, têm que ser construídos com a participação da comunidade acadêmica e ser divulgados no início do quadriênio avaliativo para que os programas possam se orientar diante deles.
 
Diz ainda que “um segundo desafio trata do desenvolvimento de processos verdadeiros de auto-avaliação por parte dos programas de pós-graduação. Isto significa o fornecimento de orientações e incentivos para que a auto-avaliação possa servir para a melhoria do programa feita por uma dinâmica interna e sustentável”.