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Ranking QS: UFBA sobe duas posições e continua entre as melhores da América Latina

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A Universidade Federal da Bahia (UFBA) aparece no 70º lugar entre as melhores universidades da América Latina no QS Latin America University Rankings de 2022, da consultoria britânica Quacquarelli Symonds (QS). A UFBA subiu duas posições em comparação à edição 2021, quando estava na 72º, e oito posições em relação a 2020, quando ficou na 78º.

A melhora é considerável, haja vista o cenário de ataques e restrições orçamentárias que as universidades públicas brasileiras vêm enfrentando nos últimos anos. Entre as instituições brasileiras, a UFBA se mantém na 19ª posição, repetindo o resultado do ano passado, uma posição acima em relação à edição 2020. No Nordeste, a Universidade manteve a terceira posição. A lista de 2022 reúne 418 instituições latinas, oito a mais do que a edição anterior. Universidades do Brasil, do México e da Colômbia representam, respectivamente, o maior número de ranqueadas. A análise da consultoria britânica é uma das mais respeitadas do mundo em ensino superior.

O coordenador de avaliação da Superintendência de Avaliação e Desenvolvimento Institucional da UFBA, Jorge Sales, acredita que a melhoria alcançada pela UFBA pelo segundo ano seguido reflita o cuidado da Universidade com a qualidade da pesquisa, do ensino e da extensão. “Isso é refletido não só pelos rankings, mas principalmente pelos indicadores do governo, a exemplo do Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudos) e Índice Geral de Cursos (IGC). Em todos os índices do governo, a UFBA tem galgado boas posições”, comenta.

O ranking QS avalia a produtividade e impacto de pesquisas, empregabilidade, comprometimento do ensino, impacto digital e internacionalização. São utilizados oito indicadores: reputação acadêmica; reputação do empregador; razão entre estudantes e acadêmicos; acadêmicos com PhD; rede de pesquisa Internacional; citações por publicação; publicações por acadêmico; e impacto online.

Apesar da boa pontuação da UFBA, Jorge Sales observa que mesmo rankings respeitados, como o QS, não podem efetivamente servir de comparação entre universidades, pois as instituições têm natureza e missões muito diferentes. “Os rankings colocam numa mesma métrica universidades de regiões distintas no mundo, e isso resulta em grandes distorções”, pondera. O coordenador de avaliação cita que alguns critérios fundamentais às instituições de ensino superior brasileiras não são considerados nos rankings internacionais, a exemplo da extensão e da inclusão social.

Para Jorge Sales, os rankings que avaliam universidades refletem apenas um nível de qualidade. “Melhor seria utilizarmos sempre os indicadores governamentais, aqueles que são regidos pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, do Ministério da Educação). Pois, apesar das dificuldades, das distorções que sempre acontecem nos indicadores, os indicadores utilizados pelo Inep refletem com melhor precisão a qualidade das universidades brasileiras do que os rankings internacionais”, avalia.

Outros indicadores

Em abril deste ano, mesmo em cenário adverso de contínuos corte à educação superior, a UFBA alcançou 3,84 pontos no Índice Geral de Cursos (IGC), seu melhor resultado no indicador do Ministério da Educação (MEC) que avalia, anualmente, a qualidade dos cursos de graduação e de pós-graduação das instituições de educação superior brasileiras.

THE-768x768O resultado consolidou a UFBA no conceito 4 (atribuído a notas entre 3,5 e 4,5) desse que é um dos principais indicadores oficiais de qualidade da educação superior brasileira. A melhoria se evidencia nos números: em 2011, a UFBA tinha um IGC de 3,25 e, desde então, a nota só aumentou; em 2014, saltou para 3,50; em 2017, alcançou 3,75; e em 2019, 3,84, crescendo mais 2,3% em relação a 2018.

Já em julho, a UFBA subiu duas posições no ranking Times Higher Education Latin America, ocupando o 26º lugar entre as 177 instituições avaliadas. Na edição 2021 do ranking, divulgada no dia 13 de julho, a UFBA aparece em 16ª entre as universidades brasileiras – uma posição acima em relação ao ano passado – e em 1º lugar na região Nordeste – mesmo patamar da avaliação anterior.