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Reitoria institui comissão para discutir ações afirmativas para a pós-graduação

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A UFBA, que já tem uma das mais avançadas políticas de ações afirmativas na graduação, entre as universidades públicas brasileiras, terá também em caráter pioneiro uma política específica de ações afirmativas para a pós-graduação. Como primeiro passo nesse sentido, portaria assinada na terça feira, 27 de setembro, pelo reitor João Carlos Salles instituiu a comissão que vai elaborar proposta para essa política, composta por servidores docentes, servidores técnicos e estudantes, e presidida pelo professor Ronaldo Lopes Oliveira, coordenador de Ensino de Pós-Graduação.

A reitoria já apresentara essa proposta em algumas ocasiôes e anunciou a decisão na reunião do Conselho Universitário (Consuni) da segunda feira, 26 de setembro. O resultado do trabalho da comissão recém criada, a ser apresentado em 60 dias, deve subsidiar a implementação de uma política que “permita à universidade expressar melhor a diversidade étnica, racial, de gênero e de portadores de deficiências existentes em nossa sociedade”, segundo os termos da portaria.

O pró-reitor de Ensino, Pesquisa, Criação e Inovação, Olival Freire Junior, que já havia dito na segunda, 26, que a UFBA de fato estava acelerando o passo para a implantação dessa política, observa que ela é um imperativo, tanto pelo resgate de dívidas históricas que implica quanto pelo fator de estabilização e fortalecimento da produção científica que representa.

Em favor de sua visão da reparação histórica, Olival citou o exemplo da Universidade Georgetown que, dado o fato de ter vendido 150 escravos no século XIX, em anos recentes criou toda uma política para receber estudantes negros e pardos na instituição. Já sobre a questão dos benefícios das ações afirmativas para a ciência, depois de reiterar que “para se fortalecer, a ciência precisa expressar melhor a diversidade da sociedade”, fez referência a matéria da Nature, publicada nesta semana (www.nature.com/news/is-science-only-for-the-rich-1.20650),que defende, em síntese, que o mundo fará melhor ciência se também os países mais pobres fizerem ciência. Ou seja, uma defesa da ciência mais forte como expressão diversificada.

 Veja a portaria aqui